sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
quem dança seus males espanta 2
domingo, 17 de novembro de 2013
quem dança seus males espanta
sábado, 16 de novembro de 2013
A HISTÓRIA DOS MEUS FRACASSOS
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
O CAUSO DA CAMISETA MOLHADA
Deu-se inesperadamente, como toda boa história se merece dar. A viagem fora inopinada, com escasso preparo. Vamos prá Bonito! De moto! De moto? Agora! Agora? Vamos, então! Achei que não ia, preguiçosa com novidades. Fui, fomos, com mais um motociclista patrono da ideia. Moto nova, viagem inaugural, ela insegura, medo de cair, baixa velocidade. Chegamos anoitecido. Hotel. Comida. Peixes. Canseira profunda, sono mais ainda. Outro dia cedo, domingão mole de intenções, mais novidades: vamos prá Bodoquena! Boca da Onça! Saímos logo do hotel, fomos comprar passaporte de aventura! Boca da Onça não tem mais! Saída é mais cedo, sete horas da manhã! Alternativa nessa rota é Nascente Azul, atração nova, essas coisas. Gostei mais. Boca da Onça, rapel, tudo me parecia perigoso ou chato.
Trinta quilômetros depois, chegamos numa baixada, às margens de um rio que se adivinhava pela alegria da mata, nascente por ali mesmo. Queria mais era peixe frito e cerveja. Mas tinha um lago, represa antiga das águas do rio, cujos excessos líquidos escorregam por cima de uma laje pendente e despenca em bela cachoeira improvisada num deque de madeira, diligentemente atapetada com telas de arame, para evitar escorregão. Todo mundo sabe a rima que dá esses escorregões em bicas d’água.
Ela viu a cachoeirinha, sentiu o chamado das águas, mas tinha esquecido o maiô, peça indispensável das casadas que se prezam. Andou, cheirou, mediu, assuntou o público. Ninguém à vista. Somente eu, mas eu não conto, não vejo. Ficou de calcinha preta e top branco, santista, santástica, mas jogou por cima um camisetão preto, meio corintiano, estraga festa dos outros, aventurou-se na água.
Pois a água conserta tudo, somos filhos dela, pejados dela. Com pouco os cabelos acalmaram, entregando-se ao ludo do banho. A camiseta, fina, enganosa, colou-se por todas as curvas do território líbido.
Compreendi então a batalha toda dos árabes e israelenses pelas colinas de Golã. Áridas, sim, mas o que não seriam com um pouco de água escorrendo pelo dorso delas! Revi o cheiro de mato da infância, as matinhas mal aparadas da roça abandonada, nas margens de um capão reservado, reserva legal de mato dedicado aos homens do futuro! Aquilo acelerou a minha viagem interior até os limites em que um átimo de memória atravessa o século.
Século, esse, lembrei, feito de desejos cercados por limites, fronteiras, decepções com as grandes esperanças universais, sangrentas guerras territoriais, a geografia da fome!
Pronto! Voltei ao meu reino de segurança, o normal e regular descrédito nas coisas reais!
E já a vejo torcendo a camiseta, distraída e molhada, sem pudor, sem promessas. Mas não me importa não, pois no território seguro e calmo da revolta com esse mundão Raimundo, a esperança é a última que broxa!
domingo, 4 de novembro de 2012
Para conhecer
http://ctrlaltdanca.com/
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Outras Danças
domingo, 30 de setembro de 2012
Para Ostermeier, teatro fala de gente e do quanto podemos ser contraditórios
Havia se passado uma semana do meu aniversário e estava há uma semana de viajar pela primeira vez para a Europa (e para Berlim), quando recebi uma ligação do Instituto Goethe dizendo que iria patrocinar minha participação no 4o Congresso Cult de Jornalismo Cultural. Alemanha não fazia exatamente parte de meu imaginário quando o assunto eram as artes cênicas, mas naquele fim de maio comecei a me dar conta do quanto as questões artísticas daquele país dialoga com o que venho acompanhando em São Paulo.
No teatro o que lhe intriga, especificamente, são os nódulos de conflito. Nas primeiras experiências que teve como diretor ficava absorvido em roteiros escritos por Sarah Kane, Bertold Brecht e peças sobre a juventude marginal europeia (o gosto por realidades desestabilizadoras cresceu durante a faculdade, onde entrou em contato com um entendimento de teatro como artifício de expressão social). Suas primeiras experiências como diretor se deu quando esteve à frente da direção do teatro Baracke (1996-1999).
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Escolas matam a criatividade
Já faz um tempo que assisti a esse vídeo e achei interessante compartilhar com vocês nesse momento em que se está pensando uma proposta de gestão pública e sobre que argumentos justificam ou convencem a importância da arte que a gente exercepensa e defende. É uma palestra do Ken Robinson, pesquisador na área de educação e criatividade (deu aulas em faculdades de artes dramáticas na Inglaterra e EUA), no TED (aquele circuito de palestras que vem rodando o mundo com o patrocínio da Rolex). Ele questiona o processo educacional formal, dizendo que precisamos repensar a maneira de fomentar a inteligência entendendo que ela é variada, dinâmica e distinta.
Me fez lembrar de uma conversa que tive com uma amiga e com a minha irmã, Ana, sobre qual seria a "função" da arte/dança: acho que se tiver função, será a de apresentar/propor "possibilidades" perceptivas, que alimentam um estar vivo no mundo, apto a interações criativas com o ambiente que, por sua vez, favorecem relações hierárquicas mais dinâmicas com o conhecimento - do tipo, não existir um parâmetro de mais ou menos burro ou inteligente, porque sabe ou não fazer cálculos matemáticos ou articular melhor ideias em tempo mais rápido.
Outra parte da palestra que anotei: "Nosso sistema educacional atual se baseia na ideia de habilidade acadêmica. E existe uma razão para isso. O sistema foi concebido, e no mundo todo, não existiam sistemas públicos de educação antes do séc. XIX. Todos eles foram criados para atender a demanda da industrialização. Então a hierarquia está apoiada em duas idéias. A primeira é que as disciplinas mais úteis para o trabalho estão no topo. Então você era bondosamente afastado na escola quando era criança de certas coisas, coisas que gostava, com a premissa que você nunca iria conseguir um emprego fazendo aquilo, correto? Não faça música, você não vai ser músico. Não faça arte, você não vai ser artista. Conselho benigno. Hoje, profundamente errado. Hoje o mundo inteiro está envolto em uma revolução."
Obs.: dá pra inserir legendas em português no vídeo, é só ir na parte em que está escrito "55 languages" na mesma barra de apertar play .
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Resenha Pantalhaços por Chris Araújo
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Conectivo Corpomancia: INOCÊNCIA, por conectivo corpomancia (teaser)
terça-feira, 10 de julho de 2012
flor de lótus
Não resisti. Precisava compartilhar isso com vocês.
Esse clipe apresenta uma relação tão orgânica entre coreografia e interpretação, tudo tão junto que, nos primeiros momentos, não dá pra saber se houve alguma pré-concepção específica de dança, uma coreografia, um conceito, ou se o cara (Tom Yorke) está experimentando uma genialidade espontânea no mover-se que ele mesmo elaborou ali diante das câmeras.
Depois de assistir mais algumas vezes e, em todas elas, continuar embasbacada diante da tela do computador - fui tomada de surpresa pela postagem no meu mural do facebook - fui buscar saber sobre a produção do videoclipe e foi aí que o nome do coreógrafo apareceu: Wayne McGregor.
McGregor é britânico, trabalha e já trabalhou com companhias oficiais bastante conhecidas como Royal Ballet, New York City Ballet, Stuttgart Ballet, Australian Ballet, Ópera de Paris, e outras, e criou e dirige a Wayne McGregor/Random Dance Company, com sede em Londres. Ele também integrou a equipe do filme "Harry Potter o cálice de fogo", aquele em que acontece o torneio de Tribuxo de quadribol e concebeu vídeos de dança para a BBC de Londres.
Enfim. Foi mesmo uma vontade de compartilhar as impressões e o vídeo. Tem uma simplicidade que ando buscando. Quem sabe seja inspirador pra vocês tanto quanto foi pra mim.
Quem quiser saber mais sobre o coreógrafo, além de vídeos no youtube, tem um verbete sobre ele na wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Wayne_McGregor.
P.S. Vocês viram que as inscrições rumos dança prorrogaram até o dia 20 de julho? :)
quinta-feira, 7 de junho de 2012
cena 11 - dança e tecnologia
terça-feira, 5 de junho de 2012
Se já sabemos, porque ainda continuamos fazendo? por Christiane Araújo
Christiane Araújo, atualmente é artista docente das Graduações de Artes Cênicas e Dança – UEMS e UFGD /MS e diretora da Eixo Produções Culturais.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
ir até onde o povo está
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Guia, Rumos
“O que o Cena 11 faz é um exercício de controle de situações que habitualmente são incontroláveis ou que ninguém se dedica a controlar. Por exemplo? Uma queda, um esbarrão, um atrito, um desgaste. Não há como evitar a queda e o impacto. Nosso corpo, em geral, não tem treino: cai e se machuca. Então, como fazer para ficar mais resistente ao choque e não quebrar? Aparentemente, parece um corpo-marionete, mas o movimento criado pelo Cena 11 está ampliando os comandos do corpo humano, desenvolvendo habilidades, tornando-o mais capaz e menos susceptível ao machucado. (...) Aquilo que pode parecer muito pouco humanizador, os rôbos, as quedas, a violência é na verdade uma estratégia absolutamente orgânica para o corpo continuar humano e melhor adaptado.”
segunda-feira, 7 de maio de 2012
7ª Aldeia SESC Terena de Artes e Cultura
domingo, 6 de maio de 2012
Escapada, Cia Mario Nascimento em Campo Grande
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Bienal Internacional de Dança de Curitiba
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Encuentro
1er ENCUENTRO LATINOAMERICANO de
INVESTIGADORES SOBRE CUERPOS Y CORPORALIDADES EN LAS CULTURAS
1 al 3 de agosto de 2012
Fac. de Humanidades y Artes, Universidad Nacional de Rosario,
Rosario, Argentina.
Extensión del Plazo para envío de RESÚMENES
FECHA LIMITE DE ENVIO DE RESUMENES y/o VIDEOS: 4 DE MAYO DE 2012
FECHA DE COMUNICACIÓN DE RESUMENES ACEPTADOS: entre el 11 y el 18 DE MAYO DE 2012
FECHA LIMITE DE ENVIO DE TRABAJOS FINALES: 30 DE JUNIO DE 2012
Nuevos GRUPOS DE TRABAJO(Nro. 13, 14 y 15) y Pautas para TRABAJOS FINALES
terça-feira, 10 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Show comemorativo 1% pra Cultura
Vamos lá marcar presença e unir forças em torno de uma reivindicação que já está no Plano Municipal de Cultura. A luta continua!
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Os Corcundas
"Os Corcundas é um espetáculo de dois feios que não falam a nossa língua"... Foi isso que ouvi dizer entre um elogio e outro deste trabalho que fui ver anteontem, 2 anos depois de sua estreia. Logo de cara vejo que é isso mesmo + duas investidas ousadas: um trabalho sobre um tipo de corpo - "o feio" e sobre o amor. Penso então... Como não cair em um clichê tratando de elementos "tão comuns"? Acredito que as investidas sobre o corpo na dedicação de experimentá-lo quanto o maior e melhor recurso para A CENA foi a peça chave para o sucesso deste trabalho que ainda tem como escolha O SIMPLES - outra "coisa" difícil de alcançar... E possível!
terça-feira, 27 de março de 2012
Boca de Cena - semana do teatro de Campo Grande
segunda-feira, 26 de março de 2012
"Propina’s Day" - Eu recomendo!!!
Satirizando a política os atores Patrycia Andrade, Vitor Samudio, Bruno Moser, Yuri Fechner e Diogo Adriani levam para a rua um espetáculo que assim como grande parte dos politiqueiros não se preocupa em atender os anseios do povo-espectador. O espetáculo conta ainda com Chico Simão que junto com os atores farão um grande carnaval ao vivo que pode acabar em pizza ao som da Artista Pop Lady Gaga em forma de rato de esgoto.
O espetáculo conta com o investimento da Prefeitura de Campo Grande e FUNDAC pelo edital do Fomteatro.
Serviço:
Terça (27) as 10h no Calçadão da Barão, e Sábado (31) as 17h no Parque do Sóter. O espetáculo é de rua e gratuito.
Prestigiem...
sexta-feira, 23 de março de 2012
O Escurial
O Escurial” continua com apresentações no Armazém Cultural hoje e sábado sempre às 20h com ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00. São apenas 200 lugares por noite. Não deixem pra última hora. Ingressos a venda no local com 1h de antecedência.
Em cena: Bruno Moser e Camilah Brito . Direção e iluminação de Espedito Di Montebranco.
Realização AACP- Associação Artística Cultural Palco de Artes Cênicas, Esporte, Lazer e Promoção Social
Grupo Teatral Palco, Sociedade Dramática
Investimento: Fomteatro/Fundac/ Prefeitura Municipal de Campo Grande.
Videodança por Ralfer Campagna
Olá, esse videodança foi um dos últimos que assisti e que me chamou muito a atenção, gostei bastante e senti que fazia parte do momento que estou passando durante a criação de um espetáculo de dança. O vídeo surgiu a partir de Megan Lawson que ganhou de seu amigo uma música e para surpreendê-lo resolveu fazer esse vídeodança, misturando todas as particularidades que envolvem o seu mundo.
O que me identifiquei realmente é o hibridismo da dança contemporânea com as danças urbanas, apropriando-se do título “Obsessed” e deixando a movimentação com um repertório amplo e com infinitas possibilidades.
Considero a abordagem realizada como o Hip Hop na contemporaneidade, a utilização da biblioteca como espaço de performance, a ideia de uma mulher obcecada por leitura e/ou livros, me remete a um questionamento contemporâneo e principalmente a uma individualidade da intérprete, mas com uma movimentação mais característica das danças urbanas.
O espetáculo no qual estou no processo de criação também vem com essa abordagem, dialogando as danças urbanas com a contemporaneidade e assistir videodanças com esse foco vai me norteando e me ajudando na construção do mesmo.
Espero que gostem do videodança, ele é bem envolvente e bacana.
texto de Ralfer Campagna - interprete criador e performer da Cia. Dançurbana e Grupo Expressão de Rua.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Estrutura Heurística, por Dra. Christine Jamieson.
Uma estrutura heurística é aquilo que orienta o sujeito cognoscente em direção ao conhecido desconhecido. Diversamente de um mapa que nos guia até um destino conhecido, uma estrutura heurística conduz a pessoa ao que é desconhecido. Nos termos de Lonergan, conduz o sujeito ao conhecido descohecido. Nós sabemos que ele é desconhecido. Nós sabemos que desejamos entender. Nós não possuímos um caminho direto que nos conduz ao entendimento. Nós temos a estrutura heurística. A estrutura heurística é o que nos torna capazes de criar uma estratégia que nos fornece insights no sentido do que é desconhecido.
Estrutura heurística é a nomeação do desconhecido cujo conhecimento nós antecipamos quando finalmente entendemos. Outra forma de afirmar istoé que uma heurística é uma questão orientadora que nos guia até insights. O que era implícito torna-se explícito, o que era desconhecido torna-se conhecido. Esta transformação no interior do sujeito, no interior do cognoscente, é possibilitada por meio da estrutura heurística.
A ligação entre a interrogação e o entendimento é a estrutura heurística. A estrutura heurística conecta-se de maneira intricada à antecipação do entendimento que a pessoa experimenta espontaneamente quando realiza uma busca. Assim, o movimento que acontece inteligentemente do questionamento ao insight é o que Lonergan denomina Heuristico. O movimento, ou a evolução, segue um caminho que não é designado. É um caminho que nos dá sinais mas não rotas precisas.
A estrutura heurística não é portadora de conteúdos. Os critérios de estruturas heurísticas satisfazem-se apenas e tão somente quando a forma que eles antecipam são preenchidas. O conhecimento completa essa forma demandada. A estrutura heurística é separada do conteúdo existente desse entendimento. Não possuindo substância, a estrutura heurística é uma orientação em direção ao desconhecido. Ela permite dar um nome ao desconhecido.