Quando o Marcos me convidou para pontuar algumas visões sobre algum videodança, achei difícil. Comecei a pesquisar algumas referências que eu tinha, mas nenhuma me chamou atenção o suficiente para começar a escrever.
Um dia, vendo uns vídeos que tenho aqui nos meus favoritos, reencontrei o documentário Movimento Expressivo – Klauss Vianna. Em determinado momento me veio uma idéia e pensei: porque não falar sobre um vídeo de dança? Até porque não pretendo entrar, neste momento, nessa discussão sobre o que é videodança ou as diferenças entre isso e vídeo de dança. Como agora o mais importante é falar sobre dança, pensei ser adequado mostar esse documentário sobre o Klauss.
Primeiramente, conheci um pouco melhor o trabalho do Klauss lendo seu livro A Dança. Me encantei. Fiquei envolvida e até emocionada com as visões dele sobre arte, dança, corpo, política e com tudo o mais que ele oferece nesse livro.
Depois, quando comecei a cursar Artes do Corpo na PUC tive aula com a Prof. Dra. Neide Neves que, além de ter sido aluna e nora do Klauss, discute nos seus trabalhos de mestrado e doutorado o que é técnica e como o trabalho dele pode ser entendido como tal. Conforme disse no prefácio do livro A Dança: “(...)Klauss foi o introdutor, no Brasil, da preparação corporal de atores e do que chamamos de educação somática, usada na dança. Influenciou muito fortemente a formação de diversos atores e bailarinos atuantes nos dias de hoje. Seu trabalho continua no corpo desses intérpretes e nas salas de aula de escolas de dança, de teatro e nas universidades.” (pag. 14). Me encantei mais uma vez.
Esse documentário não é muito longo, mas contém depoimentos importantes de pessoas próximas ao Klauss e dele próprio, falando sobre a relevância de seu trabalho e a inovação que ele trouxe para a dança no Brasil. Renée Gumiel diz: “eu acho que se fala pouco, não o bastante do Klauss no Brasil, a memória é curta. Klauss fez absolutamente alguma coisa importante na dança brasileira.”
Portanto, falemos sobre Klauss.
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